Historicamente, a indústria automotiva favorecia motores com números pares de cilindros. Contudo, essa tendência mudou significativamente com a popularização dos motores de 3 cilindros, especialmente na categoria de 1.0 litro. Essa mudança trouxe à tona várias questões técnicas e práticas sobre o uso de um número ímpar de cilindros nos motores.
Os motores de 3 cilindros tornaram-se amplamente populares no Brasil, principalmente pela sua eficiência e economia de combustível. Este tipo de motor, embora tenda a produzir mais vibrações, especialmente em marcha lenta, é hoje um padrão na faixa de 1.0 litro devido às suas vantagens em termos de custo e eficiência energética.
Os motores de 5 cilindros, embora menos comuns, têm uma história rica em performance, como exemplificado pelo Fiat Marea e seus potentes motores de 160 e 182 cavalos. Outro exemplo é o motor 2.5 da Volkswagen, que equipava o Jetta e Jetta Variant com 170 cavalos por volta de 2009 e 2010. Estes motores são apreciados por seu equilíbrio entre tamanho e potência, sendo uma escolha popular para veículos esportivos de alto desempenho.
Utilizar um número ímpar de cilindros apresenta desafios significativos em termos de equilíbrio e distribuição de força, especialmente em configurações de motor transversal. A Audi, por exemplo, continua a empregar motores de cinco cilindros em modelos como o TT RS e o RS3, buscando um compromisso entre o tamanho compacto do motor e sua capacidade de entrega de potência.
Enquanto os motores de 7 ou 9 cilindros são praticamente inexistentes na indústria automobilística, eles são comuns em setores como aviação e agricultura. No contexto automotivo, um motor de cilindros em linha com 7 ou 9 unidades seria extremamente grande e complexo para acomodar, e a configuração em V é inviável para um número ímpar de cilindros.
A escolha do número de cilindros em um motor de carro tem implicações profundas sobre o desempenho, a economia de combustível e a viabilidade técnica. Enquanto os motores de 3 e 5 cilindros oferecem vantagens distintas em termos de eficiência e potência, a configuração de motores com 7 ou 9 cilindros permanece limitada a aplicações específicas fora da indústria automobilística.